Chico Buarque
Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando que, também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita careta pra engolir a transação
Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco
Aqui no Brejo é só corrupção
Tem muito desmando e embromação
Uns dias chove, noutros dias bate solão
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
A Miriam manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na mulher e nas crianças
O Dias aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus.
P.S. Chico perdoe por ter feito pequenas mudanças no seu poema,
foi só para encaixar melhor.
Lazarus Onipresente
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