Extraído de: Coluna de Augusto Nunes
Com a entrada em cena de Wellington Moreira Franco, o interminável espetáculo do cinismo descambou para o terreno da galhofa. Único integrante do primeiro escalão que jamais conseguiu uma conversa a dois com Dilma Rousseff, o (segundo o cartão de visitas) Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República resolveu chamar a atenção da chefe com uma vigarice estatística de deixar ruborizado até dono de instituto de pesquisa. Graças ao ministro do Nada, foram extintos os pobres que restavam no Brasil Maravilha.
Neste 29 de maio,
Moreira Franco revelou que, a partir de agora, pertencem à classe média todos
os brasileiros cujos rendimentos individuais alcancem de R$ 250 a R$ 850. São
48% ─ quase metade ─ da população. Como explicar a proeza assombrosa? O
ministro se dispôs a decifrar o enigma em dilmês castiço: “A classe média foi
delimitada ainda de acordo com o grau de vulnerabilidade, ou seja, a
probabilidade de retorno à condição de pobreza, definido como o percentual de
pessoas que vivem em locais cuja renda per capita caiu abaixo da linha de
pobreza em algum momento em cinco anos”, complicou Moreira Franco.
Em 2007, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada pareceu ter
alcançado o limite da audácia malandra ao descobrir como se faz para mudar de
categoria sócio-econômica sem sair do lugar. De um dia para outro, as famílias
cuja renda mensal superava a marca dos R$1.063 souberam que haviam sido
transferidas para a classe média. Como constatou em julho de 2009 o post
reproduzido na seção Vale Reprise,
o governo Lula inventou o pobre que sobe na vida sem deixar a pobreza.
Ainda mais ousado
que os alquimistas do IPEA, Moreira Franco também prometeu criar um
“instrumento de pesquisa” chamado Vozes da Classe Média. “Queremos saber
quais são as aspirações e os desejos desse novo universo”, explicou o
milagreiro de araque. A pesquisa é dispensável: 100% dos entrevistados dirão
que tudo o que querem é viver como vive gente da classe média de verdade.
Estudos recentes atestam
que os mendigos que esmolam nas esquinas de São Paulo ganham, em oito horas de
expediente, entre R$35 e R$40 . Em 25 dias, embolsam de R$875 a R$1.000. Os
pedintes das ruas, portanto, não têm nada a pedir ao governo Dilma Rousseff.
Ganham mais que a classe média do Brasil Maravilha
3 comentários:
Esse governo petista consegue iludir grande parte do povo brasileiro com propagandas enganosas é o que o povo também quer, pão e circo.
Dessa maneira é fácil erradicar a pobreza reinante, será que não dá para abaixar também a linha para os gastos públicos?
Dentre os mortos e feridos do governo petistas,pelo menos, para os pobres sobram as migalhas! Sabe quando se come um pão e restam os farelos? E mais ou menos assim. Portanto,entretanto, os farelos inluenciaram o IDH (indicie de desenvolvimento urbano)na quantidade de caloria diária kkkkkk ... ...
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